TESTE DO CORAÇÃOZINHO
A obrigatoriedade da realização do teste do coraçãozinho (oximetria de pulso), em todas as maternidades de Manaus é a proposta defendida pelo pediatra e neonatologista Alexandre Miralha, 42. Com este exame, é possível detectar alterações na oxigenação do sangue, situação sugestiva de doença grave na criança, que pode ser confirmada por uma ultrassonografia do coração (ecocardiograma). O equipamento, segundo ele, já existe nas maternidades, mas só é usado em bebês internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
O que ele preconiza é a realização do exame nos bebês saudáveis, no período em que eles ficam internados na maternidade, pois um exame clínico, ainda que bem feito, pode deixar sem ver doenças graves que, se não forem diagnosticadas logo, implicam em mortalidade, afirma o médico, citando entre as doenças graves do coração, um defeito congênito conhecido como “Tetralogia de Fallot” e a transposição das grandes artérias, que são resultado da má formação do coração e só se manifestam após 48 horas de vida, quando a mãe já teve alta.
“Isso vai reduzir os casos evitáveis de morte de bebês”, completa Miralha, que é professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade Nilton Lins.
Recomendação
Ao revelar fazer o exame em 100% dos bebês nascidos numa maternidade particular onde trabalha, ele diz que a oximetria de pulso é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), da mesma forma como são feitos os testes do pezinho e da orelhinha.
Por ser um teste simples, indolor e feito por um aparelho disponível nas maternidades, Alexandre afirma faltar apenas uma mudança de atitude do profissional e da direção da unidade em enxergar a melhor forma de adotar o exame na rotina hospitalar. É um teste que não substitui outros exames para detectar doenças do coração, como o ecocardiograma, mas é importante para confirmar uma alteração e assim oportunizar o tratamento imediato, finaliza o médico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário